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    Aquele dos quase 30 – A Sandy estava certa

    Em Pessoal · 07 dez 2023

    Começo esse texto parafraseando Sandy: tenho sonhos adolescentes, mas as costas doem. Sou jovem pra ser velha e velha pra ser jovem. É isso, exatamente isso.

    Faltam exatamente 54 dias para eu colocar o pé na casa dos 30, e o que eu tenho pra dizer é que eu estou em surto desde o começo do ano e que a cada dia que essa contagem diminui, mais essa sensação me invade.

    É como se eu esperasse por esse momento a tanto tempo, mas ao mesmo tempo, não estava esperando tanto assim. Chega a ser engraçado. Quando eu era menina, não queria envelhecer, queria era ser criança pra sempre. É Aline do passado, não deu.

    Não é como se eu não soubesse que iria envelhecer, e não é esse o problema, acho que o “problema” é olhar pra tudo que vivi (principalmente em 2023), e tudo o que eu ainda quero e vou viver, e ainda, tudo o que eu achava que viveria estando com 29 quase 30.

    Acho que não é só comigo – não quero acreditar que seja rs -, mas, quando eu era mais nova era comum ter sonhos vividos e objetivos claros para quando eu tivesse essa idade, e agora, olhando pra esse espaço tempo, ver que tudo mudou é um pouco.. inusitado (por falta de palavra melhor, vou usar inusitado mesmo).

    Isso porque, passam-se os anos, e os sonhos adormecem.. ou ficam em segundo plano. Depois eu guardo dinheiro, depois eu vou visitar aquele lugar, depois eu me levo pra passear, depois, depois… depois, quando chega o depois?

    Eu sonhava tanto, hoje me sinto em uma constante inércia. O que aconteceu Aline do passado? Como a gente resolve isso? (já estamos fazendo terapia, então a resposta definitivamente não é essa).

    Parece que depois dos 20 o tempo pensou “taca-lhe pau nesse carrinho marco véio” – essa referencia só a galera +20 vai entender- e ai, tudo aconteceu tão rápido, que sinceramente, as vezes nem parece que foi eu quem viveu isso tudo.

    Uma pequena observação: estou escrevendo esse texto, numa quinta feira, não propositalmente pra combinar com a musica, mas, calhou de ser, engraçado.

    Até aqui, eu descobri que viajar é bom, que amizade vai muito além de quantidade, que correr atrás dos meus objetivos dependem única e exclusivamente de mim (ah, cê jura querida?), que estar com as pessoas que amamos é a melhor coisa do mundo.

    Aprendi que apreciar o por do sol é bom, seja aqui ou em Madri, sim, eu fui pra Madri (?), e pra Disney de Paris também. Ainda fico embasbacada quando lembro disso. Fiz um intercambio, viajei sozinha, me priorizei.

    Já fiz tanto e ainda quero muito. Lembrar disso é bom, lembrar que amo escrever também é. Obrigada terapia, obrigada Aline do passado, por tudo o que vivemos até aqui, Aline do presente se acalma pelo amor de Deus, Aline do futuro, boa sorte e forças, temos muito pra ver e viver ainda.